A Polícia
Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Homicídios da Capital,
desvendou, em menos de 24 horas, o fato que culminou com o assassinato
do corretor de imóveis Cláudio Cavalcanti de Arruda Filho, ocorrido
nessa segunda-feira (25) na loja Moisés Bicicletas, no bairro do Rangel,
em João Pessoa. Segundo o delegado Pedro Ivo, o mandante do crime foi o
próprio dono da loja, Moisés Macedo Cordeiro, 46 anos, que contratou
Igor Mesquita, 33 anos, para simular um assalto e matar Cláudio Arruda.
Em
entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (26), os delegados Pedro
Ivo e Luiz Cotrim, que comandaram as investigações, esclareceram que o
crime ocorreu por causa de uma dívida no valor de R$ 11 mil e que
Cláudio Arruda emprestava dinheiro a juros. “No próprio local do crime, o
dono do estabelecimento, Moisés Macedo Cordeiro, caiu em contradição
ao dizer que não tinha pago nenhum valor a Cláudio Arruda e logo em
seguida informou que tinha repassado R$ 600,00 à vítima. Na verdade,
Cláudio Arruda trabalhava emprestando dinheiro e a dívida de Moisés era
de R$ 11 mil. Esses R$ 11 mil vinham sendo pagos com produtos da loja e
Cláudio já tinha adquirido duas bicicletas elétricas e duas Mountain
Bikes, restando R$ 3 mil a serem pagos por Moisés. Como as cobranças
começaram a se intensificar, ele resolveu contratar Igor Mesquita e
atrair Cláudio Arruda para a sua loja, onde a vítima foi assassinada”,
revelou o delegado Pedro Ivo.
Já o
delegado Luiz Cotrim explicou que, além de Igor Mesquita, também foram
presos dois amigos dele, Jailton Gomes dos Santos, 28 anos, e Djalma
Martins do Nascimento, 20 anos, que ficaram responsáveis por guardar a
arma do crime em casa. “Depois que cometeu o crime, Igor passou a arma
para um primo chamado Thiago, que ainda encontra-se foragido, e este
passou para Jailton e Djalma, que levaram a arma – um revólver calibre
38 – e guardaram na casa de Djalma. A Polícia continua investigando para
chegar ao outro suspeito, já que os três serão autuados por posse
ilegal de arma. Quanto a Moisés Macedo Cordeiro, ele será autuado por
homicídio e autor intelectual do crime, e Igor Mesquita será autuado por
homicídio e tráfico de drogas, já que na casa dele foram encontradas
várias pedras de crack prontas para a comercialização”, explicou.
Ainda
segundo as autoridades policiais, Igor Mesquita confessou ser o autor
dos disparos e disse que foi contratado por Moisés para praticar o
crime. “Ele não revelou quanto ganharia para cometer o crime, apenas que
receberia alguma coisa em troca, sem especificar valores. De acordo
com as investigações, o crime começou a ser planejado há cerca de três
meses, quando houve uma discussão mais acirrada entre Cláudio e Moisés
por causa da dívida”, disse o delegado Pedro Ivo.
“Com a
conclusão das investigações, Igor será indiciado por homicídio e tráfico
de drogas; Moisés será indiciado por homicídio e mandante do crime;
Jailton e Djalma serão indiciados por posse ilegal de armas. Serão
realizados os procedimentos legais e todos ficarão à disposição do Poder
Judiciário”, concluiu o delegado Luiz Cotrim.
Blog do Tião Lucena
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