A Agência Executiva de Gestão das
Águas do Estado da Paraíba (Aesa) divulgou o resultado de sua I Reunião
Técnica de Análise e Previsão Climática para o Setor Norte da Região
Nordeste do Brasil, realizada na última sexta-feira (15), em Campina
Grande. Na ocasião, foi divulgada a previsão climática para o período de
fevereiro a abril de 2016. De modo geral, a Agência prevê
enfraquecimento do fenômeno El Niño e maior probabilidade de chuvas a
partir de março.
A reunião foi realizada pela Aesa,
por meio da Gerência de Monitoramento e Hidrometria, órgão vinculado à
Secretaria de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio
Ambiente, Ciência e Tecnologia (Seimarh), em conjunto com a Unidade
Acadêmica de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG). A reunião contou com palestra de meteorologistas da Aesa;
da Agência Pernambucana de Águas e Clima; da Empresa de Pesquisas
Agropecuária do Rio Grande do Norte e da Unidade Acadêmica de Ciências
Atmosféricas da UFCG.
Foram analisadas as condições
regionais da pluviometria e situação global dos oceanos e da atmosfera.
Segundo relatório da Aesa, as atuais configurações oceânicas e
atmosféricas globais indicam a persistência do fenômeno El
Niño-Oscilação Sul (ENOS) de intensidade moderada na região do Oceano
Pacífico equatorial. No entanto, os resultados das análises climáticas
indicam um gradativo enfraquecimento deste fenômeno a partir de março de
2016.
O Oceano Atlântico também se
apresenta como um importante condicionante na variação climática no
semiárido nordestino, em particular do Estado da Paraíba. Atualmente,
as condições demonstram uma tendência de favorecimento à ocorrência de
chuvas no decorrer dos próximos meses. Porém, tal situação implica num
contínuo monitoramento, tendo em vista a grande variabilidade com que se
comporta este oceano.
Tendência climática para o próximo trimestre –
Grande parte dos modelos oceânicos e atmosféricos indica tendência de
chuvas variando entre normais a abaixo do normal sobre o setor norte do
Nordeste brasileiro. Tal quadro já representa uma evolução em comparação
a anos anteriores, período de forte estiagem na Paraíba.
“Vale salientar que a evolução atual
dos campos atmosféricos e oceânicos apresenta uma tendência favorável à
melhoria da qualidade do período chuvoso a partir do mês de março.
Ressaltamos que essa tendência dependerá de como se comportarão as
condições térmicas nos oceanos Atlântico e Pacífico”, explicou Marle
Bandeira, meteorologista da Aesa.
Segunda a Agência, é importante
destacar que o semiárido nordestino tem como característica a alta
variabilidade de índices pluviométricos. A ocorrência das chuvas ficará
bastante dependente da formação de fenômenos meteorológicos transitórios
– a exemplo dos recentes vórtices ciclônicos – que poderão influenciar
na ocorrência das chuvas. Por isso, é de fundamental importância o
monitoramento contínuo das condições oceânicas e atmosféricas globais.
Secom-pb
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