“Fui obrigada a colocar a vagina na cara delas, abrir tudo, mesmo estando menstruada”. A denúncia é da companheira de um preso, que tentava entrar em uma unidade prisional paulista para visitá-lo. Por reclamar da humilhação, detento foi espancado
Uma mulher que tentava visitar o companheiro, preso em unidade prisional da Grande São Paulo, teve que ficar nua e passou por uma revista vexatória ao tentar entrar no presídio. “Fui obrigada a colocar a vagina na cara delas, abrir tudo, mesmo estando menstruada.”
Segundo a mulher, chamada na denúncia de Rosa, duas agentes acompanhavam a revista e pediram para que ela realizasse movimentos incomuns. “Na hora que me abaixava, falavam para eu jogar o quadril pra frente, colocar a mão na minha vagina e abrir mais para elas verem.”
De acordo com a denúncia, feita à Pastoral Carcerária Nacional, o companheiro de Rosa reclamou com um dos funcionários da unidade e foi espancado após Rosa deixar o presídio. “O funcionário começou a gritar com meu esposo e disse que se ele reclamasse ia ser mandado para o castigo. E mandaram. Depois que saí, outra visitante me contou que agentes penitenciários cercaram meu marido, o espancaram, quebraram um dente dele e levaram para o castigo.”
Desde o fato, Rosa não teve mais notícias do marido, que teria sido, de acordo com a Pastoral, transferido para outra unidade na capital paulista.
A Pastoral afirma ter entrado em contato com o diretor da unidade onde Rosa passou pela revista vexatória, que negou todas as acusações.
Igor Carvalho, SPressoSP
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