Ezra Finck tinha 7 anos quando foi achado no freezer do apartamento.
Crime foi cometido em setembro de 2015 e casal preso em novembro.
A mãe e o padrasto do menino Ezra, encontrado morto em um freezer em setembro do ano passado, chegam ao Brasil na tarde desta sexta-feira (26). Eles foram presos pela Interpol na Tanzânia em 25 de novembro. Com a prisão, foi iniciado o processo de extradição dos procurados Lee Ann Finck e Mzee Shabani para o Brasil. Em São Paulo, o casal poderá ser julgado pelas autoridades brasileiras, informou a Polícia Federal.
Lee Ann Finck e Mzee Shabani estão sendo escoltados pela Interpol e desembarcarão no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Eles passarão pelo posto da PF no aeroporto e depois seguirão para a superintendência regional da PF em São Paulo, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, onde ficarão à disposição da Justiça, neste caso da 1ª vara do júri.
O casal será acompanhado pelo delegado federal Valdecy Urquiza Júnior, chefe da Interpol no Brasil.
O crime
Ezra Liam Joshua Finck tinha 7 anos e foi encontrado morto em 4 de setembro no freezer da casa onde morava com a mãe, a sul-africana Lee Ann Finck, de 29 anos, o padrasto, o tanzaniano Mzee Shabani, de 27 anos, e duas irmãs, no Centro de São Paulo. Câmeras do Aeroporto de Guarulhos registraram o casal deixando o país com as duas filhas em 3 de setembro.
Ezra Liam Joshua Finck tinha 7 anos e foi encontrado morto em 4 de setembro no freezer da casa onde morava com a mãe, a sul-africana Lee Ann Finck, de 29 anos, o padrasto, o tanzaniano Mzee Shabani, de 27 anos, e duas irmãs, no Centro de São Paulo. Câmeras do Aeroporto de Guarulhos registraram o casal deixando o país com as duas filhas em 3 de setembro.
O menino foi enterrado quase um mês depois do crime, em 29 de setembro, sem velório ou qualquer outro tipo de cerimônia.
Os foragidos foram encontrados em Bagamoyo, na região costeira do país. A Interpol de São Paulo havia inserido, a pedido da Justiça, o nome do casal na “difusão vermelha”, onde estão foragidos internacionais.
Enterro e missa
O corpo do garoto ficou 25 dias no necrotério do Instituto Médico-Legal (IML). A demora ocorreu porque os parentes próximos da vítima, que poderiam liberar o cadáver e cuidar dos ritos fúnebres, vivem na África do Sul. O Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância), através seu escritório nacional, em Brasília, havia encaminhado um pedido à embaixada daquele país para ajudar na localização de familiares.
O corpo do garoto ficou 25 dias no necrotério do Instituto Médico-Legal (IML). A demora ocorreu porque os parentes próximos da vítima, que poderiam liberar o cadáver e cuidar dos ritos fúnebres, vivem na África do Sul. O Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância), através seu escritório nacional, em Brasília, havia encaminhado um pedido à embaixada daquele país para ajudar na localização de familiares.
O vice-cônsul sul-africano Thabo Sedibana informou, porém, que as buscas não tiveram êxito e liberou o enterro do garoto. A Secretaria da Segurança Pública afirmou, em nota, que, depois do aval do consulado, tomou a iniciativa de enterrar o menino “pois nenhum parente se comprometeu a se responsabilizar pelo corpo”.
Uma missa foi feita em homenagem ao menino Ezra no cemitério da Vila Formosa, no dia 5 de outubro. Na missa, estavam presentes o secretário de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, a Arquidiocese de São Paulo, a Pastoral da Menor e representantes do consulado da África do Sul. A cônsul geral da África do Sul, Mmaikeletsi Dube, disse que "é importante salientar que não é assim que o povo sul africano trata suas crianças".
Quando foi enterrado, o túmulo de Ezra, nascido na África, tinha apenas uma coroa de flores com a frase “Descanse em paz”, que foi dada pelo IML. A Arquidiocese de São Paulo e o secretário Eduardo Suplicy reclamaram de não ter sido avisados sobre o enterro de Ezra.
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