Por Redação da Folha - Os óbitos foram de duas idosas e ambas apresentaram sintomas das doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypty, que está provocando uma epidemia sem precedentes em Itaporanga.
A primeira morreu nessa terça-feira, 23, no hospital regional de Patos, para onde foi levada pela família, mas já chegou lá bastante debilitada. Maria Félix da Silva, conhecida como Maria de Dão, de 81 anos, já tinha alguns problemas de saúde, mas seu quadro foi agravado, segundo familiares, depois que ela contraiu a virose: dores pelo corpo, diarreia, falta de apetite e desidratação apressaram sua debilidade física.
Na semana passada, a idosa chegou a ser levada para o hospital de Itaporanga, onde tomou soro e foi mandada para casa, mas seu quadro clínico piorou nos dias seguintes e ela foi internada no regional de Patos, mas não houve jeito. A aposentada, que residia na Rua Severino Neves, foi sepultada na tarde desta quarta-feira, 24.
A outra idosa, Iracy Maria da Conceição, de 75 anos, morreu na manhã desta quarta-feira no hospital de Itaporanga, para onde foi levada às pressas, depois de alguns dias acometida por uma das doenças virais transmitidas pelo mosquito. Dores, esmorecimento, falta de apetite e desidratação foram os sintomas que acamaram a idosa, que residia na Rua Manoel Maia.
Segundo o genro da dona Iracy, Jorge Claro, ela tomava remédio para um problema de saúde, mas não era nada grave nem mortal e estava bem, mas, quando contraiu a virose, prostrou-se em uma cama e não resistiu. “Há oito dias, ela foi levada pra hospital de Itaporanga, e deram alguns soros a ela, mas voltou para casa com o mesmo problema. Hoje de manhã, foi levada novamente ao hospital, onde terminou morrendo”, lamentou Jorge. No atestado de óbito fornecido pelo hospital, a causa da morte aparece como indeterminada.
Já são três idosos que morreram em Itaporanga nos últimos quatro dias acometidos pelos mesmos sintomas: essas doenças virais transmitidas pelo mosquito causam desidratação, falta de apetite e baixa imunidade orgânica, sendo fatal para idosos sem acompanhamento médico adequado, havendo necessidade de internação hospitalar, o que, nos três caros, não ocorreu a tempo. O despreparo do hospital para tanta demanda precarizou o atendimento.
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