O avanço da microcefalia ligada ao zika
vírus nas Américas foi considerado uma emergência internacional pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), após reunião em Genebra nesta
segunda-feira (1º).
O avanço da microcefalia ligada ao zika vírus nas Américas foi
considerado uma emergência internacional pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), após reunião em Genebra nesta segunda-feira (1º).
Para chegar à conclusão, os especialistas discutiram vários aspectos
relacionados ao risco da proliferação da doença e as respostas
possíveis. Ao decretar situação de "emergência global" para o zika, a
organização espera facilitar a mobilização de dinheiro, recursos e
conhecimento científico para o combate à doença. Isso ajudaria a custear
pesquisas para desvendar mais detalhadamente a relação entre o vírus e
os casos de bebês nascidos com microcefalia.
A organização ressaltou que a decisão de decretar emergência ocorre
por causa dos casos de microcefalia e outras disfunções neurológicas,
não somente pelo zika vírus em si.
"O Comitê recomendou que o atual agrupamento de casos de microcefalia
e de outras disfunções neurológicas reportados no Brasil, seguido de um
agrupamento similar na Polinésia Francesa em 2014, constituem uma
Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional, (PHEIC, Public
Health Emergency of International Concern)", afirmava o comunicado. "Uma
resposta coordenada é necessária para minimizar a ameaça em países
afetados e reduzir o risco de maior disseminação internacional."
Os países onde foi observada rápida dispersão da doença adotarão
recomendações padrão de vigilância e diagnóstico. Dados nacionais serão
repassados à OMS, para que a comunidade internacional consiga ter uma
compreensão clara da extensão do surto global.
A reunião ocorreu em meio ao anúncio de que agentes de vigilância
sanitária brasileiros terão permissão para entrar em imóveis abandonados
que apresentem possíveis focos de água parada, local de reprodução do
mosquito vetor da doença, o Aedes aegypti.
Dentro do grupo de 20 representantes na OMS estava o brasileiro Dr
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas no
Pará.
A reunião desta segunda-feira foi decorrência de um painel realizado
na semana passada durante o encontro executivo dos representantes
nacionais. Na ocasião, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan,
classificou como "alarmante" a velocidade com que o vírus está se
espalhando no mundo.
ClickPB
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